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Reciclagem contribui com a natureza e gera renda a uma família em Nova Veneza

Há mais de 4 anos, são recolhidos aproximadamente 27 toneladas de materiais recicláveis vindos da colaboração do comércio e de moradores.

Com o aumento populacional uma das preocupações das cidades é com a reciclagem do lixo, além de preservar o meio ambiente, pode gerar renda às famílias. Em Nova Veneza não é diferente dos que pensam em coleta seletiva e implementam projetos através da Prefeitura, mas uma ação desenvolvida por um morador há quatro anos vem chamando a atenção. Agostinho Gonçalves Rosa, de 64 anos, junto à família, recolhe materiais reciclados, separa e revende para gerar lucro e garantir o seu sustento. O trabalho de armazenamento e separação para o descarte correto é feito em um depósito localizado na estrada geral, da comunidade do Picadão, interior do município.

O material é recolhido nas casas, escolas, restaurantes, farmácias, mercados e outros pontos e vai para o depósito. O resultado é positivo, pois ao chegar ao local, o coletor junto com a esposa e filhas, separam todo lixo por itens como o plástico, papelão, papel misto, latinhas, vidro, entre outros materiais para poder revender. O maior volume são as garrafas pet, mas o com melhor preço de compra é plástico bolha.

“Nós escolhemos desde uma garrafa até uma lata. Entre ferro e outros itens chego a recolher aproximadamente 27 toneladas de materiais recicláveis por mês. Com a ajuda de toda a minha família, separamos todo o material arrecadado com um caminhão ou uma caminhonete rodando pela cidade com o apoio de toda a comunidade e do comércio em geral”, comenta Agostinho.

Os custos operacionais para manter o processo de coleta seletiva não são baratos, pois segundo Agostinho precisa pagar o aluguel do depósito, combustível e até mesmo com manutenção dos veículos. Mesmo retirando das ruas toneladas de produtos recicláveis, o valor mensal com a coleta não ultrapassa R$ 5 mil por mês. “É pouco, pois são todos materiais muito baratos. Comecei vendendo o papel por R$ 0,28, agora baixou para R$ 0,18. O plástico vendia a R$ 0,50, agora está R$ 0,30. E gostaria de pedir o apoio ainda maior dos moradores que conhecem o meu trabalho em separar o lixo reciclável”, ressalta.

Ideia

A ideia surgiu em 2011 por meio de um vereador da cidade. No começo Agostinho recebia incentivo da Prefeitura, mas hoje reclama que com a troca de governo não houve mais auxílio e pensa em desistir. “A prefeitura me convidou para fazer parte do programa Reciclando Mais e o prefeito só alega que vai melhor para mim, mas ainda não melhorou nada”, reclamou.

Agostinho tem pontos de depósito e realiza a coleta em toda a cidade como no Centro, bairro Eliza Gava, Bortolotto, Bortoluzzi, São José, São Bento Alto, São Bento Baixo, Jardim Florença, Cedro e Caravaggio.