Autoestima infantil no contexto escolar

Silvana Ghellere Cavalheiro

Autoestima é o que a pessoa sente em relação a si mesmo, é o amor próprio, é ter consciência de seu valor pessoal, acreditar, confiar, respeitar, e principalmente amar-se. É a base para o ser humano, fundamental para poder viver bem com o mundo e consigo mesmo, não deixando que os conflitos abalem a vida emocional e afetiva.

 

 

Fonte: retirado do site apoiopsicologico.psc.br

 

 

 

 

É uma forma de curar todas as dificuldades e sofrimentos, e a cura de todas as doenças de origem emocional e destrutivas.

Começa a se formar na infância, no incentivo dos pais e do meio que influencia na vida da criança, como por exemplo, estimulando a realizar atividades corretas, descobrindo suas qualidades e aceitando suas fragilidades e dificuldades, sem muita cobrança ou rejeição, e o mais importante, saber lidar com seus problemas dialogando de forma correta sem agressão emocional, sem ofender com palavras a ponto de a criança perder a confiança em si mesmo, e, consequentemente perder sua autoestima, seu valor e amor próprio.

A importância da autoestima na vida dos filhos dificilmente poderá ser exagerada. Todo o pai que se preocupa deve ajudar seu filho a criar uma fé firme e sincera em si mesmo.

Comportamento afetivo entre pai e filho, importante para a autoestima e construção de identidade da criança.

 

Fonte: retirado do site supernanny.com.br

Os pais devem ser sempre o alicerce dos filhos, dando exemplos positivos que fazem com que cresçam com confiança no seu potencial, sabendo lidar com as situações boas e ruins que virão ao longo da vida.

Segundo o psiquiatra Augusto Cury (2007), “nossa história, arquivada na nossa memória, é a caixa de segredos da nossa personalidade. Ninguém é autor sozinho da sua história. Somos construídos e construtores da nossa personalidade”.

A criança precisa dos pais para poder se construir na vida afetiva, emocional, social, intelectual, pois sozinho não consegue se chegar a lugar nenhum, não conseguirá ser autor sozinho da própria história. As crianças que possuem uma boa autoestima mostram-se alegres, com boas notas, participativas, bom comportamento na escola, ao contrário daquelas que apresentam a autoestima diminuída que tendem a ser deprimidas, a ficar isoladas, não participando de algumas atividades oferecidas na escola, pouco entrosamento com as demais crianças, dificuldades nos estudos etc.

Uma criança deprimida pode ter o nível de energia diminuído, o que pode afetar o desempenho de uma criança na escola e em outros lugares, possibilitando uma diminuição contínua da autoestima, nestas situações é importante a escola identificar o comportamento da criança e encaminhar para atendimento psicológico quando a escola não dispõe de Psicólogo no próprio ambiente.

Perde-se a autoestima quando se passa por muitas decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por nada que faz. O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém, mas principalmente a falta de reconhecimento por si próprio.

Com a autoestima baixa, a pessoa se sente incapaz de realizar qualquer atividade, sente insegurança e medo de fraquejar ou errar diante á novas situações, teme diante de dúvidas, e não sente vontade de realizar nada que proporcione prazer, satisfação e realização, acredita não ter ninguém que o ame, que aceite seu modo de ser, não sente vontade de se cuidar, de fazer as coisas que gosta, desenvolvendo insegurança em tudo que faz e desistindo de tudo que começa a fazer por temer não conseguir terminar.

A pessoa com baixa autoestima não consegue dizer não as outras pessoas, quer sempre agradar, quer sempre ser reconhecida pelo que faz, pois como não se reconhece por si mesma, busca reconhecimento pelos outros, quer ser “notada”, vista, pelos indivíduos que convivem com ela.

Obter autoestima requer conscientização e trabalho, é saber ouvir a intuição, a voz interior, confiar em si mesmo, respeitar os próprios limites e acima de tudo, amar-se e cuidar do “eu” físico, intelectual, mental e emocional.

Silvana Ghellere Cavalheiro

Psicologa