Professores e pais e uma nova forma de aprendizagem

Silvana de Souza Policarpi

Olá, hoje venho conversar com você sobre um assunto desafiador para pais, professores e alunos.

Sou professor do meu filho, e agora o que faço?

Sabemos, que mudanças repentinas assustam as pessoas. Devido a pandemia a qual estamos passando, muitas coisas mudaram, entre elas, a rotina escolar. Uma nova situação que requer adequação.

Mas e você, como está lidando com essa novidade na rotina escolar?

Pesquisas apontam, que para alguns pais a situação é mais complicada do que para outros. Temos inúmeras situações que tornam a mudança de papéis um pouco complicada.  

Você já parou para pensar, que alguns pais saíram da escola a muito tempo?

Alguns não concluíram o ensino fundamental ou médio, além disso muitos tem dificuldades de lidar com a tecnologia. Podemos até achar que não existe, mas tem pais que ainda não sabem nem mandar um e-mail. Pais que não pararam de trabalhar devido sua situação financeira, que não permite ficar em casa, em quarentena. Que além de trabalhar o dia todo, chegam em casa cansados e precisam dar uma atenção redobrada ao aprendizado escolar dos filhos, tentando assim, substituir o papel que é do professor.

Podemos ressaltar também que nem todos tem acesso a internet, o que dificulta, ainda mais o ensino e aprendizagem. Ocorrendo assim, o trabalho duplo do professor que prepara tanto o conteúdo online, quando o conteúdo impresso, na incansável busca pelo ensino de qualidade de nossos alunos.

Crianças Podem Estudar Online com Bom Aproveitamento de Estudos?

Foto: estudiosite.

O mais importante nessa situação toda, é fazer a criança entender que ela não está de férias, que é preciso sim criar uma rotina de estudos. Entender que a ferramenta que antes usada para diversão, distração e brincadeiras, hoje se tornou material de estudo. Estar na frente de um computador ou celular pode levar a criança a uma série de distrações, devido ao fácil acesso a diversos conteúdo. O ideal seria sempre um adulto acompanhar a realização das atividades.

Professores, será que tudo isso está sob controle? Estão tranquilos e familiarizados com esse novo método de ensino?

(crédito da foto/Rido81 - UniMAX Indaiatuba)

(crédito da foto/Rido81 – UniMAX Indaiatuba)

Estudos apontam, o crescimento de adoecimento mental de professores, onde houve um salto em relação a Transtornos de Ansiedade e Depressão.

Podemos entender perfeitamente essa questão, professores também tiveram sua zona de conforto mexida de uma hora para outra em vários aspectos. A grande maioria, já estava com seu ano letivo elaborado e pronto para colocar em prática. Rapidamente, de um instante para outro se veem em um turbilhão de informações, se adequando aquilo que era preciso ser feito. Todos professores, sem exceção, foram obrigados a ter mais intimidade com a tecnologia, a aprender a elaborar e dar aulas de forma on-line, precisaram se reinventar e redescobrir novas habilidades do dia para a noite. Salientamos que, para professores mais novos ou íntimos com a tecnologia, esse processo foi facilitado. 

Para professores de mais idade, ou não tão “tecnológicos”, isso pode se tornar um obstáculo, a não familiaridade e a dificuldade para lidar com o meio tecnológico, pode trazer um sentimento de frustração, impotência, medo e ansiedade. Tudo isso gera um abalo emocional, o fato de não conseguir fazer algo que lhe é cobrado.

Mas, estamos na esperança de que tudo isso é uma fase e vai passar. Seguimos firmes e unidos, uns ajudando aos outros. Esse é um momento de ter empatia de deixar o julgamento de lado, pois todos passamos por momentos de dificuldades. Aproveite o momento para aprender novas habilidades e com isso ter o crescimento pessoal e profissional. Estejamos sempre abertos a novas experiências, que possamos tirar algo de bom desse momento crítico.

Silvana de Souza Policarpi

Psicóloga Clínica Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Especialista em Gestão Empresarial e Recursos Humanos; em Gestão de Pessoas e RH. Amante da vida e da natureza, corredora amadora que ama sentir o vento batendo no rosto.