Cuidado emocional das crianças e adolescentes

Silvana de Souza Policarpi

Olá querido leitor!

Vamos conversar um pouco sobre nossas crianças como estão se adaptando as mudanças de rotina. E como essa nova realidade impacta as crianças e adolescência mentalmente. 

Nos tempos atuais, percebemos uma mudança significativa nos contextos familiares. Podemos definir a família como, aquela que é responsável pela criança ou adolescente, que supri suas necessidades fisiológicas e além de tudo é aquele que ama, protege e ensina.  

Ao chegar em consultórios de atendimento psicológico, é comum pais ou responsáveis dizerem que a criança é ou está ansiosa e estressada. Costumamos perguntar. Como você é em casa com a criança? Então faz-se o silêncio e uma reflexão, percebemos que os comportamentos se assemelham. Costumamos dizer que os responsáveis são o espelho e a criança vai ser o reflexo do comportamento dos mesmos, os tem como referência do certo ou do errado. 

Entendemos que estamos vivendo dias atípicos e muitas vezes os pais se sentem sobrecarregados. De certa forma, isso se torna uma ruptura para deixar o estresse entrar e acabar abalando o emocional da criança, que já está um pouco perdida com a realidade que vivemos no momento. Estudos apontam que uma mãe deprimida, tem mais dificuldade de atender um bebê.

Filhos de pais muito críticos evitam prestar atenção às expressões faciais (Foto: Thinkstock)

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Com o atual contexto que vivemos, informações chegam a todo instante.  E por meio das emoções de seus pais ou outras pessoas, a criança e o adolescente vão absorvendo vivências, e cada um assimila de forma diferente, de maneira particular. Podem surgir pensamentos e sentimentos novos, algumas levarão tudo isso de uma forma mais leve, outras nem tanto desencadeando o medo e a insegurança, ocasionando em alguns caso a irritação e insônia. 

 Por vezes a criança ou adolescente pode estar passando por um momento que gera sofrimento, pois percebem que seus pais estão ansiosos, preocupados, irritados, brigando, essas são todas situações que geram estresse no momento.

Muitas coisas também lhes foram retiradas por um momento, como ir à escola, encontrar os amigos, brincar no recreio, fazer educação física que são coisas que gostam muito. Sem contar a questão da saudades dos avós de poder abraça-los, festas, viagens ou simplesmente brincar no pátio ou na praça com os amigos.

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É muito importante pais e cuidadores, ficarem atentos ao comportamento das crianças e adolescente para que os mesmos não entrem também em um sofrimento emocional. Pois é na adolescência que alguns transtornos mentais desencadeiam. 

O momento é delicado, mas podemos passar isso aos nossos filhos com mais leveza. Não os cobrando tanto, tendo mais diálogo, participando mais da vida do filho e de seu desenvolvimento. Para pais que trabalham, eu ressalto que não é a quantidade de tempo que você tem com seu filho que vai fazer a diferença, mais sim a qualidade do tempo, a maneira que você usa esse pouco tempo com seu filho, é o que ele vai levar para a vida adulta, resultando assim as boas lembranças do tempo da infância.

Deixo aqui também a indicação de um filme, que no meu ponto de vista é o melhor de todos que já assisti. “ A vida é bela” , o enredo se passa em um período de guerra a qual o pai faz de tudo, para a criança não sofrer as consequências da guerra. É linda a história, assiste depois me dá um feedback

Silvana de Souza Policarpi

Psicóloga Clínica Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Especialista em Gestão Empresarial e Recursos Humanos; em Gestão de Pessoas e RH. Amante da vida e da natureza, corredora amadora que ama sentir o vento batendo no rosto.