Brincadeiras saudáveis trocadas por telas

Silvana de Souza Policarpi

Olá! Querido leitor! Vamos conversar um pouco, sobre a dependência de telas. Como as mudanças da sociedade e da tecnologia acabaram influenciando o nosso convívio em sociedade e, consequentemente a educação dos nossos filhos.

Cada geração a seu tempo, as crianças e adolescentes de hoje, não saberão o que foi viver a “infância verdadeira”. A maioria delas estão presas em frente aos seus tablets e smartphones.

Menino viciado em tela não quer largar o tablet

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A facilidade das tecnologias portáteis, levou muitos pais a utilizarem esses aparelhos como forma de “acalmar” os filhos. Estando conectados em frente a desenhos, jogo e filmes, eis uma forma de mantê-los quietos.

Infelizmente, pais e responsáveis de hoje, já não tem a mesma paciência, tempo e segurança, que os pais tinham antes. Em alguns casos, percebe-se que o compromisso diário, da busca pelo sustento familiar e os mais variados afazeres, acaba gerando todo esse estresse e correria. Quase “sem tempo” para os filhos, sem tempo para brincar com a criança, sem tempo para um diálogo com o adolescente.

 Percebe-se que uso excessivo da tecnologia, por crianças e adolescentes, causa transtornos de dependência de tela. Isto está voltado a falta de controle dos pais, que permitem o uso exagerado muitas horas todos os dias, causando a falsa sensação de que está tudo bem. A criança ou o adolescente estando quieto, não exige a atenção dos pais.

Pesquisas sobre saúde infantil, recomendam uma hora de tela por dia, para crianças de 2 a 5 anos. Bebês com menos de 18 meses devem evitar por completo o uso de telas.

O uso excessivo de tela pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro da criança, o desenvolvimento social, a comunicação e o sono.

Transtorno de dependência de tela é real e pode danificar o cérebro do seu filho -

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Alguns sinais físicos de que a criança está sofrendo de Transtorno de dependência de tela: dor nas costas, dor de cabeça, insônia, ganho ou perda de peso, problemas na visão. Já os sintomas emocionais são agitação, mudança de humor, ansiedade e o isolamento social, preferem ficar em frente as telas ao invés de sair para brincar na rua com amigos ou com os pais.

Cabe aos pais o gerenciamento do uso equilibrado das tecnologias, é dever dos pais estimularem as crianças e adolescentes a participar de outras atividades. Estimular a suas habilidades socioemocionais, crianças e adolescentes devem ser estimulados a interagir pessoalmente com os amigos, rabiscar em folhas com lápis de pintar e giz de cera, pisar na grama na areia descalços. Tudo isso irá estimular a criatividade, as habilidades motoras e os relacionamentos interpessoais.

Você não precisa necessariamente cortar os acessos dos seus filhos as tecnologias completamente. Em um primeiro momento, será difícil o controle, mas não é impossível, se você conseguir ter esse equilíbrio entre o aprendizado da vida real e a tecnologia, você terá o controle do seu filho. Levando assim a criança ter um desenvolvimento físico e emocional, saudável e com um forte vínculo afetivo entre pais e filhos.

Silvana de Souza Policarpi

Psicóloga Clínica Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Especialista em Gestão Empresarial e Recursos Humanos; em Gestão de Pessoas e RH. Amante da vida e da natureza, corredora amadora que ama sentir o vento batendo no rosto.