A importância do bom convívio familiar em tempos difíceis

Silvana de Souza Policarpi

Olá queridos leitores, vamos conversar um pouco sobre como andava o nosso convívio familiar antes dessa pandemia. Agora começamos a nos dar conta que alguns convívio familiar estava implorando por atenção, concordam comigo? 

A ausência do convívio familiar estava se tornando comum na sociedade atual e com isso era notório inúmeros problemas, não só para o casal, mas principalmente para a relação de pais e filhos. O uso de celulares nas horas vagas, Netflix, pais sobrecarregados e mães com suas jornadas duplas, excesso de compromissos, com isso acabamos não tendo tempo para uma boa conversa em família. Tudo isso acabou comprometendo o diálogo e o bom relacionamento entre as pessoas que moram em uma mesma casa.

Enfim, o inesperado aconteceu, uma situação que ninguém estava preparado algo novo e assustador, as incertezas a insegurança. Com a pandemia, fomos obrigados a parar tudo o que estávamos fazendo, desde o nosso trabalho rotineiro até as programações feitas a longo prazo. Um descontrole total sobre nossas vidas, pois, hoje não temos previsão de reinício e fomos colocados a viver um dia de cada vez.

Não querendo romantizar esse momento turbulento mas, olhando por outro lado tivemos uma nova chance, a de se recolher em nossos lares e refletir sobre as nossas fragilidades, entender e compreender que o que temos de mais valioso na nossa vida não são as riquezas materiais e sim, a nossa família e a nossa saúde. 

Hoje, estamos sendo ensinados a viver com mais calma, com o ritmo diminuído, e com isso seguimos o fluxo natural da vida. Que esse momento sirva para lembrar que possuímos sentimentos nobre, para com nossos familiares, amor, compaixão, carinho e o cuidado. Com essa quarentena que a gente possa resgatar e sentir a verdadeira razão de viver, é ter nossos familiares bem e com saúde.

Que aproveitamos esses momentos de forma simples e harmoniosa, pois isso ficará registrado na mente dos nossos filhos. Vamos brincar no chão, correr, pintar, contar histórias. Fazer junto com eles refeições gostosas e receitas salvas no celular que nunca temos tempo de fazer,  e principalmente fazer algo que se perdeu com a correira do dia a dia, que são as refeições feitas com todos familiares sentados a mesa. Vamos assistir um filme juntos comer pipoca e rir de coisas bobas.

Hoje, sentimos falta de dar aquele abraço em nossos pais idosos, nossos avós. O que antes não tinha tanto valor, devido a correria do dia a dia, hoje sentimos e sentimos muito as ausências quando tudo podia sim ser presença, apenas nós, não colocamos como prioridade.

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É isso que estávamos precisando uma pausa da busca exagerada do TER, e começar a entender que o melhor de tudo é o SER. E principalmente refletir que o nosso bem mais precioso é a nossa família.

Acreditamos que tudo isso uma hora vai passar, e o nosso reencontro com os demais familiares e amigos será lindo, um abraço demorado e sincero de saudades  e alegrias. Que a gente saia dessa situação pessoas melhores e mais fortalecidas.

Silvana de Souza Policarpi

Psicóloga Clínica Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Especialista em Gestão Empresarial e Recursos Humanos; em Gestão de Pessoas e RH. Amante da vida e da natureza, corredora amadora que ama sentir o vento batendo no rosto.