Você faz parte da Corrida dos Ratos?

Scheila Bendo Ferreira

O conceito corrida dos ratos já é bem conhecido no mundo das finanças e se você nunca ouviu falar sobre o assunto, não se preocupe, no decorrer dessas linhas você vai entender que mesmo não conhecendo o termo utilizado, trata-se de algo mais comum do que você imagina.

Sabe aqueles ratos de laboratório que correm em movimentos circulares por meio de uma roda e nunca conseguem sair do lugar? Por mais que demandem de esforço e energia eles executam um exercício sem fim para permanecerem no mesmo local. Bom, agora você já sabe da onde veio a inspiração.

Triste, né! Mas, não para por aí. Preciso te dizer algumas verdades e talvez essas verdades podem doer. O termo corrida dos ratos se trata de uma analogia para comparar essa atividade dos ratos com a rotina cotidiana no qual a maioria das pessoas estão inseridas. Uma correria danada para voltar ao mesmo ponto de partida.

 

Quer um exemplo do que pode ser uma verdadeira corrida de ratos? Imagine que você sente que não está ganhando dinheiro suficiente e resolve trabalhar com afinco para conseguir um extra. Quando finalmente consegue aumentar sua entrada de dinheiro você vai lá e aumenta também os seus gastos. Um ciclo vicioso que gera sensação de frustação e lhe coloca numa posição de eterna insuficiência.

Sem se dar conta, reclama que o que ganha é muito pouco e por este motivo é obrigado a trabalhar arduamente para conseguir se manter. Você vibra na escassez e nem percebe o padrão repetitivo que se instalou em sua mente. A terminologia corrida dos ratos foi criada com o intuito de quebrar esse padrão e implantar um novo sistema através de uma nova educação financeira.

 

Porém, podemos ir além e observar que essa analogia pode se estender para as outras áreas de nossa vida. No piloto automático vamos empurrando com a “barriga” e seguindo o fluxo. Sabemos que não estamos satisfeitos e realizados, mas, já estamos tão acostumados que nos submetemos a continuar no mesmo lugar.

Via de regra, nós seres humanos tendemos a escolher o caminho que nos pareça mais seguro devido ao pavor excessivo de arriscar. Na verdade nós só queríamos vencer, mas o medo de perder foi maior do que o entusiasmo e a fé de que poderíamos realizar algo realmente grandioso e significativo.

 

Vamos lá, ainda dá tempo. O mundo é muito grande para permanecermos aprisionados no mesmo lugar. Se estiver dando voltas em um labirinto sem saída, talvez seja necessário apenas ajustar as velas e recalcular uma nova rota.

Permita-se, a vida começa agora.

 

Scheila Bendo Ferreira

Graduada em Gestão de Recursos Humanos com especialização em Desenvolvimento Humano e Organizacional. Reikiana e apaixonada por assuntos relacionados a comportamento, autoconhecimento e espiritualidade.