Bem-estar

Cirurgia de redução de estômago atrai pacientes que querem ficar no peso ideal

Cirurgião de Criciúma Irani Alberton realiza a técnica duodenal switch há 15 anos

A adaptação a alguma dieta não configura uma tarefa fácil para qualquer obeso, em especial aqueles habituados a transformar refeições em banquetes. Por mais controverso que possa parecer, um método de cirurgia de redução de estômago possibilita a pacientes com esse perfil a possibilidade de emagrecer sem uma mudança tão traumática de costumes alimentares: o duodenal switch.

O cirurgião de Criciúma Irani Alberton realiza o procedimento há 15 anos e destaca os bons resultados alcançados pelos pacientes optantes por esta técnica. “Há outros métodos disponíveis. Oduodenal switch vai ao encontro de pessoas que têm prazer de comer bastante, especialmente carnes, por não exigir uma mudança tão radical no hábito alimentar”, indica o médico.

Entre as principais características do duodenal switch, estão a diminuição da ingestão e da absorção dos alimentos. O resultado ocorre graças à a redução de aproximadamente 50% do estômago e um desvio feito no intestino. “A bibliografia sobre o tema sustenta que, além da perda de peso, há melhora dos perfis glicêmico, metabólico e índices de colesterol”, informa.

Preocupado com o histórico de diabéticos na família, o administrador de empresas Emílio Henrique Blauth Klein procurou a cirurgia bariátrica para perder peso e controlar a doença. Dois anos e meio depois, a balança e os exames clínicos apresentam um extrato de um novo homem. De 135 kg, passou para 75 kg. Os números relacionados ao diabetes, triglicerídeos e a pressão também melhoraram.

“Meu objetivo maior era não ter o mesmo destino de alguns familiares por causa do diabetes, porque bonito eu já era”, brinca Emílio, que afirma não precisar mais tomar medicamentos para controlar o antigo fantasma.

Apesar de permitir a ingestão de um volume de comida considerado satisfatória, a mudança de vida não foi fácil para Emílio. “Continuo comendo bastante, como uma pessoa normal, só que bem menos do que eu costumava antes. A gente sofre no início porque muda a maneira de se alimentar e precisa comer mais devagar, mas depois que pega o jeito, tchau!”, descreve o sucesso da adaptação.

Entre as preferências presentes na rotina de alimentação de Emílio estão as carnes e os ovos, ambos fontes de proteínas. A ingestão de um volume grande deste tipo de alimento é prerrogativa para quem quer fazer o duodenal switch, orienta Alberton. “Se não comer bastante proteína, o paciente corre o risco de desnutrição”, adverte o cirurgião.

A cirurgia

duodenal switch é uma cirurgia videolaparoscópica, ou seja, o cirurgião faz incisões no abdômem e com o apoio de uma microcâmera executa o procedimento. O paciente recebe seis cortes de 1 cm e leva em média duas noites para a recuperação pós-cirúrgica.

João Pedro Alves / Partner Nazario & Bortot Comunicação