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III Moto Veneza reúne apaixonados pelas duas e três rodas

Animados pelas bandas de rock, o dia começou com clima propício e regado a doses de cerveja e chope revelou boas histórias embarcadas nas duas ou três rodas.(FOTOS:CRIS FREITAS E GABRIEL DA CONCEIÇÃO)

Os apaixonados por duas rodas e até mesmo três, de diversas regiões do estado e dos estados vizinhos tomaram conta da Praça da Chaminé neste sábado, 12. A expectativa era de que 50 motoclubes prestigiassem o evento, totalizando cerca de 2 mil motos na terceira edição do Moto Veneza.  Toda a renda do evento teve cunho social e foi revertida à APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Nova Veneza.

Segundo um dos organizadores do evento, Flávio Cúnico, a intenção era reunir os motociclistas junto de suas famílias e a terceira edição do evento os surpreendeu. “Foram 90 dias organizando o Moto Veneza e nos surpreendeu pela divulgação e pela abrangência chegando a ser divulgado em todos os estados vizinhos e até mesmo em são Paulo e Rio de janeiro. A quantidade de motos também superou expectativas “, ressaltou.

Animados pelas bandas de rock da cidade e da região como Vira-latas e Vigário Jack, o dia começou com clima propício e regado a doses de cerveja e chope revelou boas histórias embarcadas nas duas ou três rodas.

Como é o caso de uma das figuras folclóricas de Laguna, o índio Lauri José Nunes, conhecido como Nigre do Asfalto. Ele tem como símbolo o nigre, animal originado do cruzamento entre a leoa e o tigre, e pilota uma CG de 1984 que está há dez anos em suas mãos.

“Apesar da aparência de velha ela tem peças novas. É uma moto bem estilizada, eu não fiz ela, foi acontecendo neste dez anos de eventos. São detalhes de cada lugar que eu passo. Uma das viagens que fiz com ela foi para o Uruguai em 2012”, contou.

As motocicletas estão ganhando cada vez mais espaço e seus admiradores não se contentam em andar sozinhos. Com o objetivo de reunir os amigos, surgiu há apenas quatro meses o motoclube “Bola de Fogo”, de Laguna. Este é o terceiro evento que o grupo participa.

“Nosso clube foi montado há apenas quatro meses, somos novos, estamos com 11 motos e vão entrar mais duas. São pessoas casadas e comprometidas com a mesma faixa etária. A ideia surgiu quando as pessoas do nosso bairro começaram a comprar motos e sempre quisemos sair juntos”, relatou o presidente do grupo, Peter Flores Alves.

Remanescente do primeiro motoclube de Criciúma “Tigres do Afalto”, Lázio Borges deixou a moto de lado e em 2008 adquiriu seu primeiro triciclo. “Antes eu tinha uma moto, mas sempre tive uma paixão pelos triciclos. O criei na minha firma e uso para passear. O primeiro encontro que participei foi em Criciúma em 1997. Sou o único remanescente do grupo Tigres do Asfalto de Criciúma, que era constituído por cerca de 30 pessoas uniformizadas e saíamos pelas ruas e botávamos o terror”, relembrou.

Sozinhos, em grupos, embarcados em duas ou três rodas, o que move estas pessoas é a paixão pela “moto”, gíria que tomou conta dos motociclistas. Foi dessa paixão que o casal, Giovana e Eduardo Tasca, de Criciúma, se conheceram. “Nos conhecemos em Urussanga, num sábado qualquer e por coincidência estávamos os dois de motos e até hoje é assim. eu tenho minha moto e ele a dele, andamos sempre juntos. Ando desde os 14 anos de idade, lá se vão quase 30 anos, está no sangue.  É uma paixão. Nunca senti preconceito, pelo contrário, admiração, principalmente das mulheres”, contou Giovana.